domingo, 22 de novembro de 2009

Grupo de icebergs da Antártida se aproxima da Nova Zelândia

da Efe, em Sydney


Um grupo de quatro icebergs da Antártida se aproxima da Nova Zelândia e se encontra a cerca de 400 km de distância do sul do país, informaram cientistas neozelandeses nesta sexta-feira (20).

Os quatro blocos de gelo foram vistos por Rodney Russ, da companhia Heritage Expeditions, quando se encontrava a bordo do navio turístico "Spirit of Enderby".

Russ indicou em comunicado de imprensa publicado pela empresa que os icebergs se estão deslocando rumo ao norte a uma velocidade de 1,25 km/h, embora pela maior temperatura de água também começam a deteriorar-se e romper-se.

O especialista na Nova Zelândia Subantártica explicou que nunca antes o navio tinha estado em "alerta de iceberg" e advertiu que os grandes pedaços de gelo supõem um grande risco para a navegação.

Trata-se de um fenômeno similar ao ocorrido em 2006, quando um grupo de enormes blocos de gelo se aproximou até 25 km de distância do litoral sul do país.

Os iceberg procedem provavelmente da Plataforma de Gelo de Ross, que se rompeu entre 2000 e 2002, segundo Mike Williams, cientista do Instituto de Pesquisa Atmosférica e Água.

Williams acrescentou que os blocos de gelo talvez sejam de água doce pois estão formados por neve consolidada, pelo que podem se transformar em água potável, e acrescentou que o ar contido no iceberg poderia criar bolhas na água.

No entanto, o cientista apontou que se fizeram estudos com esse objetivo em 1970 e não se encontrou uma forma economicamente eficiente de transformar a neve consolidada em água.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Expedições para África e Antártida partem do Rio de Janeiro

19/10/2009 - 19h40

Rio de Janeiro, 19 out (Lusa) - Instituições científicas brasileiras iniciaram duas pesquisas de grande envergadura em águas internacionais para o continente africano e para a Antártida a bordo de navios da Marinha brasileira.

As expedições oceanográficas partiram, nesta segunda-feira, do arsenal da Marinha no Rio de Janeiro.

A primeira viagem transoceânica rumo à África de pesquisa oceanográfica, com previsão de retorno para 22 de dezembro, será feita a bordo dos Navios Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul e pelo Oceanográfico Antares.

A viagem conta com cientistas de dez universidades e institutos de pesquisa. Os dois navios vão percorrer o continente Africano com o objetivo de coletar materiais para pesquisas meteorológicas.

No roteiro da expedição estão previstas paradas na África do Sul e na Namíbia, para coletas de nutrientes, medição de temperatura e de salinidade, avaliação de correntes marítimas, segundo informou o comandante da operação, o capitão de fragata Alvaristo Nagen Dair.

As Forças Armadas afirmam que as pesquisas serão feitas na superfície e também no mar, com a ajuda de um aparelho específico, entre 30 metros e 5.000 metros de profundidade.

"Vamos fazer coletas numa área da Bacia do Atlântico Sul com um vazio de dados e de informações muito grande, mas que podem ser usadas para melhorar os processos de previsão meteorológica na nossa costa", destacou o comandante.

Num comunicado, a Marinha do Brasil informa que a obtenção de dados tem "valor estratégico" referentes à circulação e às massas de água da bacia do Atlântico Sul, com aplicação direta em estudos climáticos e das características da propagação acústica.

"Comissões dessa natureza propiciam conhecimento privilegiado do ambiente marinho oceânico, que incluirá o país no seleto grupo de países que realizam pesquisas oceanográficas de caráter global", informa a nota.

Expedição polar

Já a expedição ao continente gelado, o navio polar Almirante Maximiano, incorporado em fevereiro deste ano pelas Forças Armadas brasileiras, realiza a sua primeira viagem austral como parte da Operação Antártida (Operantar).

O navio polar irá acompanhar o navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e realizará levantamentos topográficos, além de medir impacto das mudanças globais, considerando a fauna e a flora da região.

As mudanças do homem no meio ambiente marinho antártico também serão avaliadas a partir de estudos do solo marinho para identificação de eventos paleoclimáticos e processo de recuo das geleiras.

A Marinha destaca que a presença desses dois navios no continente gelado "eleva a capacidade logística e tecnológica do Programa Antártico Brasileiro, contribuindo inegavelmente para uma melhoria no desenvolvimento de pesquisas científicas conduzidas e para a coleta de dados hidroceanográficos".

O retorno do navio está previsto para 10 de abril de 2010.